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MEDIDA POR MEDIDA . 2012

Medida por Medida
Measure for Measure (1604)

De – William Shakespeare

Tradução – Fernando Villas-Boas

Encenação – Nuno Cardoso

Assistência de encenação e movimento – Victor Hugo Pontes

Cenografia – F. Ribeiro

Desenho de luz – José Álvaro Correia

Música original (interpretada ao

vivo) – Rui Lima, Sérgio Martins

Voz e elocução – Maria do Céu Ribeiro

Interpretação – Afonso Santos Puído; Bernardino; Fidalgo; Frade, Catarina Lacerda Mariana; Julieta; Madame Bem-Passada, Cláudio da Silva Ângelo, Daniel Pinto Lúcio, João Melo Pompeu, Luís Araújo Éscalo, Paulo Calatré Meirinho; Fidalgo, Pedro Frias Duque, Romeu Costa Cláudio, Sara Carinhas Isabela

Produção executiva – Carla Moreira

Gestão – Hélder Teixeira e Sousa

Assistência de produção – Sara Gomes

Assistência de encenação (estagiário) – Ricardo Bueno

Design gráfico – João Faria / Drop

Coprodução – Ao Cabo Teatro, Guimarães 2012 Capital, Europeiada Cultura, São Luiz Teatro Municipal, TNSJ

Ao Cabo Teatro

Medida por Medida é uma trama onde se desdobram mais interrogações do que certezas. Falanos de um Duque que deseja reforçar a dimensão virtuosa e punitiva do governo, mas não quer pagar o preço da impopularidade. Por isso, finge a sua partida e entrega o poder a um regente, Ângelo, que não conhece a medida do poder porque, na sua rigidez moral, não aprendeu a determinar as fronteiras da arbitrariedade e, por ter sempre incorporado a virtude enquanto dogma exterior, não sabe onde está a linha ténue que separa o público do privado. Todas as personagens são reféns de um jogo que nunca é propriamente limpo, um jogo de traições, seduções, de vigilância desleal, de conformação a um mesmo conjunto de regras convencionais. Um jogo que, ao limite, nunca deseja mais do que aplanar a obscenidade evidente para que tudo continue na mesma, para que a sua estrutura permaneça. Aparentemente, está nas regras desse jogo que uma mera falta burocrática possa conduzir à pena de morte. Pelos vistos, é possível que um dado resultado dependa do tráfico daquilo que as pessoas têm de mais essencial: a sua dignidade. Mas também é possível desarmar o jogo, fingir que era apenas um teste.. 

QUANTOS JÁ PASSARAM, PREGUNTOU ELE . 2011